sábado, 23 de janeiro de 2010

Por pura estética ou mantendo uma tradição?

Pode parecer recente, mas o uso dos alargadores é comum e secular em vários países e culturas espalhadas pelo mundo.

Não há uma história única que comprove sua origem, mas os alargadores de orelha podem ter começado no Egito, antes mesmo da origem da escrita. Assim como a tatuagem, os alargadores de orelha fazem parte da cultura espiritual ou de guerra de várias comunidades. No Brasil os índios Caiapós usar uma espécie de alargador de orelha cuja a crença é de que seu uso pode melhorar e muito a audição.

Na África existe o uso dos pratos labiais (lip plates). Onde este tipo de alargador faz parte da estética. Quanto maior e mais ornamentado o lábio mais belo(a) fica seu usuário. Alguns casamentos podem ser decididos pela forma e beleza do lip plates.
O material mais comuns para as tribos indígenas de todos o mundo sempre será o que a natureza fornece em seu local. Madeiras, ossos, bambus tudo é trabalhado para servir de instrumento de perfuração do corpo ou próprio adereço.
Voltando o olhar para as cidades, a madeira e ossos fazem parte somente do adereço, a perfuração é feita (ou pelo menos deveria ser) em estúdios ou clínicas especializadas.

O ínicio pode ser comum, fura-se a orelha de modo convencional -  como que para o uso de brincos comuns - ao longo do tempo utiliza-se pinos de formato cônico que ao longo do tempo alargam o local desejado. Ao passar do tempo estes pinos fazem com que o local desejado fique do tamando esperado, que pode ser definitivo ou não dependendo da vontade de seu usuário. Caso haja interesse em um buraco maior é só trocar o pino por outro como maior diâmetro.
Existem diversos tipos de materias que podem servir para a fabricação do alargador. Aço cirurgico talvez seja o que menos cause algum tipo de alergia ou irritação. Mas tambem podem ser feitos de acrílico, ossos (não como os encontrados nas tribos indígenas, mas sim os tratados em laboratórios), plásticos, silicone (talvez os que causem mais irritações).


Com a popularidade dos alargadores vieram novas formas e estilos próprios de personalização. Existe várias formas curiosas, raios, bolas de boliche, globos, parafusos, enfim tudo está de acordo com a criatividade de cada um.


Mas para quem não tem paciência para aguardar o dilatamento natural feito pelos pinos pode fazer uso de uma técnica chamada Scalp, que permite fazer os buracos do tamanho desejado via cirurgia. Mas há quem prefira alargar mais que o glóbulo da orelha. Para isto existe o dermal punch utilizado para  aumentar a cartilagem do local desejado.
Novamente, como na tatuagem, os piratas ajudaram a disseminar esta cultura. Vários deles usavam brincos e alargadores. Aqui há uma curiosidade técnica que pode ajudar a explicar o motivo que alguns homens só usem brincos na orelha esquerda. Pois na época das grande piratarias não era conveniente ter brinco ou alargadores nas duas orelhas, pois havia um grande risco de que um um brinco ou alargador na orelha direita pudesse ficar preso no gatilho das espingardas da época. Isto também nos faz entender que a maioria dos atiradores piratas deveriam ser destros.

Mas para quem desejar fazer parte desta tribo e não tem coragem de alargar suas orelhas podem usar os falsos alargadores, que nada mais são do que brincos comuns feitos em formatos de alargadores com vários milímetros de tamanho.

O cuidado com a região a ser dilatada é muito importante, seguem algumas dicas:

  • Limpe a religião com spray de solução antisséptica na primeira semana;
  • Evite mexer com as mãos não lavadas;
  • No banho, lave-o com sabonete antiséptico;
  • A cicatrização do local deve acontecer de um a dois meses.
Fontes de consulta:
Tobe-Ok