‘A disfunção na tireoide (glândula que regula importantes órgãos do organismo), hipotireoidismo, é muito pouco conhecida pelo seu principal alvo: as mulheres. Essa doença se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
Apesar de se mais frequente entre o sexo feminino, a doença pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos, o chamado hipotireoidismo congênito.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia publicou em seu site 10 informações essenciais sobre o hipotireoidismo:
1. Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo "Teste do Pezinho".
2. O Teste do Pezinho deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Em caso de resposta positiva ao hipotireoidismo congênito, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, sob rigoroso controle médico, para evitar suas consequências, entre elas o retardo mental. Assim, o bebê poderá ficar curado e ter uma vida normal.
3. Cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos possuem hipotireoidismo congênito.
4. Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto.
5. O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina, na quantidade prescrita pelo médico. E os comprimidos são em microgramas, variando de 25 a 200, e não em miligramas como a maioria dos medicamentos. Por isso, a levotiroxina não deve ser feita por manipulação, pois a chance de erro é grande.
6. Para reproduzir o funcionamento normal da tireoide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino.
7. Se estiver usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais, quem tem hipotireoidismo pode levar uma vida saudável, feliz e completamente normal.
8. Se o hipotireoidismo não for corretamente tratado, pode acarretar redução da performance física e mental do adulto, além de elevar os níveis de colesterol, que aumentam as chances de problemas cardíacos.
9. Depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue estão entre os sintomas do hipotieroidismo.
10. Não se deve confundir hipotireoidismo com hipertireoidismo, pois as disfunções são opostas: enquanto no "hipo" existe diminuição da produção de hormônios; no "hiper", há o aumento.’
Fonte: Artigo extraído na integra do ZeroHora